"A imaginação é mais importante que o conhecimento..."

Depois de tanto tempo, resolvi contar a última presepada que me aconteceu... minha amiga querida Débora foi viajar e disse que eu podia ficar com o carro dela se eu quisesse. O carro estava na garagem e a chave, no balcão da sala, como ela me disse. Na última sexta-feira, eu resolvo ir pra escola de carro, assim posso levar as bolas, chococalhos, fantoches e livros que precisava pra aula daquele dia. Levantei mais tarde, me arrumei, passei na frente do ônibus e dei uma risadinha sarcástica, pensando: "Motora, hoje eu vou de carro!" e segui pra casa dela. Entrei, peguei a chave e me dirigi à garagem. Lá chegando, desliguei o alarme do carro, ajeitei toda a bagagem, entrei e feliz da vida, abri o porta-luvas a procura do documento do carro. Cadê? Embaixo do banco? Na porta? Dentro do cinzeiro? Quebra-sol? Embaixo do tapete? Na roda? Ai meu Pai, o documento não tá aqui. Já quase desisto de sair com o carro. Procuro então o controle do portão... embaixo do banco? Na porta? Dentro do cinzeiro? Quebra-sol? Embaixo do tapete? Na roda? De novo: ai meu Pai, o controle não tá aqui. Mas eu sou teimosa e resolvi que ia sair com o carro assim mesmo, era só até ali e pronto... então eu resolvo colocar a chave na ignição. Besteira pouca é bobagem mesmo. Pra minha surpresa, já tinha alguma coisa lá ! "Mas como assim?" - penso eu. Examino mais de perto e vejo que é uma chave, provavelmente quebrada na noite anterior. Tento tirá-la com as mãos e nada. Tento virá-la e não vai nem pra frente, nem pra trás. Aí eu desisto. Mas resolvo dar uma última tentadinha. E então, voilà ! A chave vira. Mas não liga o carro, fica só na bateria. E quem disse que eu consigo fazê-la voltar ? Então eu subo correndo - porque a essa altura já estava bem atrasada pro trabalho -, pego um alicate e consigo desligar o carro. Já suada, nervosa, cansada e com muita raiva, eu caio numa gargalhada sem fim, porque parece que Deus tá tirando sarro com a minha cara. Pego todas as 15 sacolas cheias que estão no banco de trás, tranco o carro e volto, com o "rabinho no meio das pernas", pra pegar o ônibus. O "motora", que a essa altura já era outro, olha pra mim e pensa: "Coitada, cheia de coisas, ela devia é ter um carro." Descubro depois que a culpa de quase tudo isso é do Vini. Mas que Deus ficou rindo de mim, ah sim, isso ficou !!! :)