"Que venha 2009 e que nossas esperanças sejam renovadas... mais uma vez... "

"Nenhuma mulher nasce mandona. As situações é que nos fazem mandonas. Mandar é tomar as rédeas e dizer: ninguém vai fazer nada se não for do jeito que eu quiser. É uma forma de evitar o sofrimento."

Será que Deus se faz de desentendido quando a gente pede alguma coisa ou a gente é que se faz de desentendido quando ele diz "não" ???

Tava observando minha sobrinha e pensando que não deveríamos perder nunca a "não-vergonha" que temos quando bebês. Pensei isso porque minha sobrinha solta "pum" no colo de qualquer pessoa - importante ou não, nova ou velha, branca ou preta. Ela não tem preconceito. Você pega ela no colo e ela simplesmente sai soltando "pum". Todo mundo ri, desconversa, fica sem graça, mas lá no fundo, bem no fundo, todo mundo faz igual - e sabe que o outro também faz. Então porque a gente faz coisas só pra agradar aos outros ? Hunf.

Esse vídeo foi feito por mim e pelo meu amigo coreano Joo-ha como presente de final de curso pros nossos amigos. Fiquei pensando essa semana que há uns dias atrás eu tava vindo pra cá e agora já estou indo pra lá. A vida passa rápido quando a gente não quer que passe e passa lentamente quando a gente tá com pressa. Alguns amigos de curso vão ficar pra sempre na minha vida e outros serão apenas colegas e daqui um tempo terei que me esforçar pra lembrar dos nomes. Mas de qualquer forma, tudo valeu muito a pena. Foi muito divertido e muito proveitoso, acadêmica e pessoalmente. Não só pelo curso de inglês, mas pela minha nova forma de ver a vida. Hoje dou mais valor às coisas pequenas, como o feijão da minha mãe e o guaraná. Além do mais, tenho certeza que Deus é brasileiro. Já estou fazendo contagem regressiva. Em breve, notícias de Pato Branco, com a Bia no colo. ;) Beijoooooosssss

O mundo é mesmo um só e isso às vezes me deixa perplexa! Mesmo parecendo outro mundo, temos muitas coisas parecidas com os canadenses. A principal delas é a língua! Eu consigo ler várias coisas em francês porque as palavras são quase idênticas (quando não são exatamente as mesmas!) em português. Mas o contrário também é verdadeiro. Cuidado com certas palavras inocentes em português, mas perigosas em outras línguas. Veja o exemplo do vôo inaugural das "Linhas Aéreas Portuguesas", ora pois. A comissária de bordo dando instruções aos passageiros: "Ao leres PUSH, não puxe, EMPURRE. Ao leres PULL, não pule, PUXE. E ao leres EXIT, não hesite, PULE." :) Aqui as portas tem indicações em inglês e em francês e eu não sei quantas vezes já bati o nariz e o dedão do pé. (Primeiro que as portas são super pesadas, então meu braço direito já tá super musculoso!) PUSH, em inglês, significa EMPURRE - e isso me causa muita confusão mental. Em francês, PUXE é TIREZ e EMPURRE é POUSSEZ! Eu nunca lembro se devo empurrar ou puxar ! Aí vão mais algumas palavras parecidas com o português (que nem precisam de tradução, basta você ler fazendo biquinho!): livre, avion, banque, passeport, gratuite, depilación, restaurant. Ah, e "dechéts" é LIXO. Hahahaha... Oui... bon soir ! :)

Tem mesmo maluco pra tudo. Aqui nesse país, o que não falta é maluco. Todo mundo anda descabelado e ninguém se importa se a roupa tá combinando. No começo, eu achei lindo, ótimo. Agora já acho maluco mesmo.
Vou começar a fotografar todas as coisas malucas que eu vejo por aqui e vocês vão ver que não são poucas. A começar pela minha amiga Nancy, que veio da China (mas já mora aqui há um tempão, então podemos considerá-la canadense) e come pepino de manhã !!! Quando perguntei se era bom, ela disse que NÃO, mas que era necessário, já que ela não come nenhuma outra verdura. Mas precisa ser mesmo às 9h30 da manhã, Nancy ? E ah, outra coisa que eu descobri. Em coreano, "oi "significa pepino. É cada uma que me aparece...

Hoje vou contar pra vocês das maluquices da minha "homestay mom" (a dona da casa onde eu moro). Ela se chama Beverly, tem quase 60 anos, é solteira e mora com os dois irmãos - que também são solteiros e mais velhos. Ela tem um antiquário no primeiro andar da casa. É uma loja bem bonita, ela tem muito bom gosto pra escolher os móveis e pra organizar a vitrine. As pessoas passam bem devagarinho de carro aqui na frente pra ver a vitrine que ela muda todos os dias ! Ela foi noiva 7 vezes (de 7 diferentes namorados) mas nunca se casou. Um deles, não sei exatamente qual, terminou o noivado pelo telefone. Ela ficou em depressão e acabou desenvolvendo um câncer de mama. Fez quimio, radio, perdeu o cabelo e tirou mais da metade de um seio. Depois, resolveu que homem nenhum ia mais tirar a saúde dela. Até teve outros namorados e até noivos depois desse, mas não quis mais se casar. Nunca quis ter filhos porque acha que seria superprotetora... É uma pessoa maravilhosa, de um coração enorme, sem muita cultura mas cheia de histórias pra contar... adora assistir HOUSE e faz dog-sitter pra Margo, uma poddle preta bem fofinha. Agora vou falar das esquisitices dela... isso não me faz gostar menos dela, viu? E mesmo eu sabendo que ela nunca vai ler esse blog (porque ela não lê português, não sabe mexer no computador e nem sabe o que é um blog), eu queria dizer que gosto muito dela e que pra sempre vou me lembrar do jeitinho carinhoso que ela tem cuidado de mim aqui... mas ela é estranha... veja só: - Ela não deixa papel higiênico no banheiro porque acha que os irmãos gastam demais; - Ela não deixa toalha de rosto no banheiro porque não gosta de enxugar o rosto na mesma toalha dos irmãos; - Ela pega TODA a louça da cozinha e coloca na máquina de lavar-louça no fim de semana pra uma lavada geral; - Ela não tem bucha na pia... ela lava a louça com um paninho Perfex porque tá escrito na embalagem que é anti-germes; - Ela não deixa sabonete no banheiro porque ele pode ser contaminado pelo ar; - Ela não toma banho de chuveiro todos os dias... ela toma banho na banheira... mas não lava o cabelo; - Ela não deixa nenhum aparelho eletrônico ligado na tomada quando está fora de uso, pois tem medo de curto circuito; - Nos dias mais quentes, ela fecha todas as janelas e as cortinas 'pra manter o ar quente pra fora' (Já pra fora, ar-quente sem educação!) - Ela bateu aqui na minha porta um dia, tarde da noite, pra perguntar se eu achava que tinha que guardar o morango tampado ou destampado na geladeira. Eu, que não sou mal-educada nem nada, falei que achava que tinha que ser tampado e ela se foi. :) - Ela não me deixa lavar as roupas de cama e banho que eu estou usando porque não gosta que "as pessoas" cuidem do enxoval dela; - Ela me chama de "filha" e é superprotetora comigo: "Onde você estava? Com quem? Você já comeu? Você vai comer só isso? McDonald's de novo? Já vai pra prisão (é como ela chama o meu quarto!)?" - Ela tira todos os móveis do antiquário, uma vez por semana, pra passar aspirador; - Ela passa aspirador no meu quarto (ou melhor, só nos tapetes) todos os domingos às 10, não importa se estou dormindo ou não; - Ela passa aspirador em todos os tapetes da casa, mas não passa fora deles; - Ela deixou um recado na porta pra todo mundo tirar o sapato quando entra em casa porque as ruas estão cada dia mais sujas; - Ontem ela inventou um troço de plástico pra pisar em cima na hora do banho, mas não tem furos, então a água acumula - e assim não encarde o chão; - Ela não vai na loja de 1 dólar porque não quer gastar muito; - Ela pega todos os flyers das lojas e faz pesquisa de preço (nós fazemos juntas, eu também adoro!); - Ela assiste House todas as noites e diz: "Boa noite meu amor" quando o seriado termina; - Ela vê a previsão do tempo todos os dias, mas nunca sabe se vai chover amanhã. Ela está mesmo interessada é no modelito da apresentadora; - Ela nunca saiu de Montreal, nunca viajou de avião, nunca foi à Universidade; - Ela acha o máximo quando eu tento falar francês e vive tentando falar pão-de-queijo, mas até o presente momento, não obtivemos sucesso; - Ela chama o Gui de "amore", porque Guilherme é demais pra ela; - Quando eu falei que tinha marcado a passagem de volta, ela chorou; - Quando eu vim ver a casa pra morar, ela fez questão de me mostrar que o colchão da minha cama estava limpo; - A prefeitura deixa na porta das casas, 1 vez por mês, uma caixa com sacos de lixo pra fazer reciclagem. Ela guarda todas e usa as sacolas do mercado, porque os saquinhos da prefeitura são "bons demais pra jogar fora"; - Ela usa o calendário do ano passado como bilhete e recibo pros clientes; - Ela pergunta 22 vezes a mesma coisa - acho que é só pra ter certeza; - Ela não usa sutiã, não importa a ocasião ! - Ela me adora ! Isso também não é esquisito ? Um beijo pessoal ! Vejo vocês logo ! :) Vivi

Tô postando aqui o texto escrito pelos Valetes sobre a história do rato... é uma das coisas que eu leio e releio de tempos em tempos... beijos meninos, saudades de vocês !
Segunda-feira, 16 de janeiro de 2006, 3:32hs da manhã. Uma agitação vinda da cozinha, coisa pouco comum num horário desses, me coloca numa vigília torta. A porta do quarto, fechada, deixa passar vozes, mas não significados. Uma das vozes é a do João, chegado na noite anterior de viagem ao Chile. Tive tempo pra pensar que na verdade a agitação não era uma surpresa completa - uma expedição à cozinha no meio da madrugada não é algo de inesperado para o valete ogro.Havia outras vozes. Mas só passei a considerar com atenção a gravidade do que quer que pudesse estar acontecendo quando ouvi a voz do Vini dizendo "o Tche mata esse rato". Além da improcedência óbvia de uma afirmação dessas, era de se pensar que só mesmo algo muito grave levaria o Vini até a cozinha numa segunda-feira de madrugada. Algo como um rato.Mais um ou dois minutos e a Sici abriu a porta. A cena que encontrei na cozinha tinha todos os agravantes bizarros possíveis. Sobre uma cadeira embaixo da porta se revezavam Jomar, Sici e Vini na tentativa de enxergar o rato atrás do fogão. Era difícil saber se tinham mais medo do rato ou nojo de pisar no chão da cozinha, presumivelmente sapateado pelas patinhas do bichão por uma ou duas semanas.Ah, sim. É bom lembrar que esse bicho burro e sujo foi capaz de enrolar os eficientíssimos mecanismos de defesa da Casa dos Valetes por mais de duas semanas. Nossa ratoeira foi sumariamente ignorada. Todas as tentativas de isolar o ambiente interno da casa foram rapidamente contornadas pelo roedor. Tamanha astúcia do rato quase nos levou a incluir na pauta da Grande Assembléia Geral Constituinte da Casa dos Valetes a possibilidade de conceder o título de valete de estimação ao mesmo. No entanto, a humilhação de ter que recolher os cocozinhos do rato pela casa inteira acabou manchando a honra da ilustre assembléia, que refutou a medida provisória em votação simbólica.Voltando à cena do imbróglio, tínhamos ali o João tomando a frente das negociações. Em meio ao pavor geral que acometia os moradores, conseguiu explicar que havia desconfiado da presença do rato quando esteve na cozinha para tomar um copo d'água (coisa fácil de se entender pra quem não viu a namorada por três semanas - orgulho!). Ouviu um barulho vindo do fogão, e na hora entendeu que se tratava do tal rato, assunto constante na casa desde o início do fenômeno.Dado o alarme, nos aninhamos todos em busca de uma solução para o problema. A única solução era a morte do rato, evidentemente. Antes da minha chegada à cozinha, o Valete Ogro já havia tentado assar o rato dentro do forno, além de jogar água fervendo lá para dentro. O rato, meio chamuscado, sobreviveu e estava escondido atrás do fogão, com todas as saídas possíveis fechadas por objetos providenciais, como espelhos e mesas de piquenique. Mas quem é que teria coragem de tirar sumariamente a vida daquele bicho ofegante e assustado? E, principalmente, como fazer isso? As soluções do João eram as mais bizarras e desastradas, além de evidenciar o alto grau de perversidade que dedicava ao pobre animal. Suas sugestões iam desde o derramamento de óleo quente sobre o animal até uma eventual raquetada, dada com a tábua de carne. É claro que nenhuma das sugestões foi levada muito a sério, mas o fato é que ninguém tinha idéia melhor. Até que o João lembrou-se de dar uma facada no rato, com uma faca sem-vergonha que tinha comprado. De mim veio a sugestão de amarramos a faca a um cabo de vassoura com fita adesiva (já que ninguém teria coragem de esfaquear o rato à unha). Enquanto montavamos nossa lança, o rato pareceu perceber o perigo crescente e tentou entrar de volta dentro do fogão. Como não encontrou nenhuma via possível, acabou apoiado na parte de trás do fogão, sobre duas patas. Foi então que o João, com a toda agilidade que esperaríamos de um selvagem em busca de comida, aproximou-se do fogão e acertou o bicho com um só golpe, que quase lhe atravessou os intestinos. Voltou exultante: "furei, furei o bicho!". O rato correu para baixo do fogão e tombou depois de dois ou três segundos de agonia.Vencida a etapa raticida do problema, tínhamos outra ainda mais desafiadora: a etapa higiênica. Apesar de cansados, ninguém cogitava a possibilidade de deixar a cozinha daquele jeito até a manhã seguinte. Jomar e Vini já tinham se retirado. O Vini não teve nem disposição pra fazer o reconhecimento do rato que havia visto voar no banheiro poucos dias antes, agora morto no meio de uma poça de sangue. Com a mão isolada embaixo de algumas sacolas plásticas, o João recolheu o rato e os restos do seu intestino, espalhados pelo chão e acumulados na faca (numa mistura indigesta com pêlos e sangue) enquanto insistia, orgulhosamente, que sua definição na Comunidade Casa dos Valetes fosse trocada de Valete Ogro para Valete Herói. Derramamos duas embalagens de desinfetante na área e fui dormir às 4:40hs, em tal estado de agitação que não pude pegar no sono até que o despertador tocasse para o ensaio da manhã. No entanto, não me retirei sem antes ouvir uma das frases mais célebres já proferidas na casa, capaz de definir com precisão incontestável a personalidade de um Valete. O João, após terminar todo o procedimento e ainda dentro da cozinha pestilenta, palco do espetáculo nojento que tínhamos presenciado, manda com a maior naturalidade do mundo: "hmmm, tô com uma fome!" É, João... você vai ser o Valete Ogro pra sempre mesmo!

"Um homem viaja o mundo à procura do que ele precisa e volta para casa para encontrar" (George Moore)
Pois é. Sábio George Moore, seja lá ele quem for. Eu quero mesmo é voltar pra casa. Essa vida de solidão aqui em Montreal não tem me feito nada bem. Tenho comido cookies com suco de laranja todos os dias na tentativa de afogar a minha solidão e o máximo que consegui até agora foi um kilo a mais... E a solidão não foi embora... Estava pensando hoje no quanto a minha vida muda de rumo várias vezes numa mesma semana... será que isso acontece com todo mundo? A Bia Ilari me falou esses dias que ouviu de um professor (O Bosísio, eu acho) que a coisa mais difícil do mundo é ser sincero consigo mesmo... sábio Bosísio... É fácil mentir pra você mesmo, tentar se convencer de que só está fazendo isso ou aquilo porque precisa, porque foi forçado... e na verdade era tudo o que eu queria agora.. PRECISAR ir embora... queria mesmo ser chamada pra um emprego daqueles irrecusáveis ou para qualquer outra coisa que eu não pudesse esperar... mas ao mesmo tempo em que tudo acontece muito rápido, as coisas que eu quero demoram muito pra acontecer... cada dia é um dia a menos...
E quem sabe um dia eu volte pra Montreal pra passear, ver a neve e aí sim, não querendo que os dias passem ?
:(
Isso é tudo, pessoal.
Beijos


Tô postando uma foto do meu primeiro churrasco canadense... ai que decepção... eu achando que ia comer O churrasco e olha só o que apareceu !!! Uma carne com uma cor estranha (e o gosto era pior ainda), umas churrasqueiras descartáveis que não assavam nadica de nada (coitado do meu abacaxi!) e as pessoas menos sociáveis do mundo... que saudade da picanha na mostarda do Gui, da asinha de frango com cerveja e óregano do meu pai, do arroz com feijão da minha mãe... ai que saudade do Brasil!


Vou ter que ensinar esses canandenses sem-noção a fazer um churrasco de verdade... vou convidar todo mundo pra ir pra Pato Branco !!! ;)





Beijinhos pra todos vocês, com MUITA saudade


Vivi


Estou postando uma foto das minhas amigas queridas, que tiramos hoje num restaurante mexicano, chamado Carlos e Pepez - muito gostoso por sinal ! (Foi eleito o melhor restaurante mexicano de Montreal). Sophie, muito gentil, pagou todas as bebidas ! Foi divertidíssimo... a gente dá boas risadas, fala sobre as coisas estranhas dos nossos países, fala sobre coisas boas e sempre acabamos no mesmo assunto: namorados. Aí sempre vamos embora deprimidas de saudade ou de solidão... hehehehe...
Estou postando também um vídeo que fizemos ontem, durante o piquenique de almoço... cada uma falando OI na sua própria língua-mãe... e eu e a Nancy, no final, falando: Olá, bem vindos ao Brasil! :)
No mais tudo bem... espero conseguir me organizar melhor essa semana pra postar sempre uma coisinha nova por aqui... espero que vocês gostem !
Beijooooooosssss






A minha primeira semana aqui terminou muito bem... vários passeios, alguns pontos turísticos, aprendi a andar de metrô e ônibus e estou quase me sentindo uma Quebecóis.


O meu curso de Inglês-super-intensivo-Tabajara começou na segunda-feira. Quando eu cheguei na Universidade, fui direto pegar o resultado da prova de nivelamento e quase morri do coração quando vi que passei com nota máxima - direto ao último módulo de curso. Fique muito orgulhosa de mim, porque só eu sei o quanto eu estudei pra esse último Toefl e o resultado ainda não tinha aparecido. Fui tomar um sorvetão gigante com a Joan pra comemorar o "Level 5".


O primeiro dia de curso já foi super puxado, cheio de trabalho pro dia seguinte. Os professores (Kevin e Steven) são super divertidos e a turma também é muito legal. Aos poucos a gente vai se conhecendo e gostando mais ou menos das pessoas... São 16 pessoas no total, sendo 6 coreanos, 1 marroquina, 1 egípcia, 1 quebecóis, 2 colombianos, 1 francesa, 2 chineses, 1 libanesa e eu ! Até decorar o nome de todo mundo, o curso já acabou ! Hahahahaha...


Bom, eu tenho notado algumas coisas divertidas aqui e estou anotando tudo pra poder contar pra vocês... então vamos lá...




  • A primeira coisa divertida foi que o professor pediu pra discutirmos sobre celulares. Aqui no Canadá você paga pra receber e fazer chamadas, paga pra ter um identificador de chamadas, paga pelas mensagens na sua caixa postal, mesmo que você não as ouça. A minha colega Sophie, que é francesa, disse que na França você não paga pra receber mensagens e mesmo quando você não tem créditos você pode fazer ligações. E eu perguntei: "Ué, como?" E ela me respondeu que é só você ligar pra pessoa que você quer falar e desligar antes que ela atenda, assim ela retorna pra você. OU SEJA: Na França eles também dão toquinho no celular ! Hahahahaha...


  • O País do ZIPLOC: Quando vou ao mercado, fico impressionada com o tanto de Ziploc (aqueles saquinhos de plástico com fecho hermético) que tem disponível. Várias cores, tamanhos e finalidades. Um pra alimentos molhados, outro pros alimentos secos, cheios de frescura. Ziploc aqui é mais comum que Tupperware.


  • Aqui não existe lixo no banheiro. Você joga o papel higiênico dentro da privada e dá a descarga. Mas você tem que tomar MUITO cuidado ao dar a descarga, porque eu, particularmente, sempre acho que vou ser engolida pro vaso sanitário e não quero morar no mundo dos cocôs, pelo menos por enquanto... A descarga aqui é mais do que power. Você aperta a válvula e se segura na parede, senão vai pra dentro !!! Hahahaha...


  • Essa semana tem sido muito cansativa pra mim. Falar inglês o dia todo, direto, chegar em casa e falar inglês (eu já me mudei!) e depois vir falar português no computador não tem sido nada fácil. Sem falar das placas de rua e indicações de mercado e tudo o mais que são em francês. Muita coisa é bilíngue, mas muita coisa não é. Na segunda-feira, eu entrei o ônibus, dei o ticket pro motorista, ele me deu um outro - que é pra você usar em 1h30 - e eu disse obrigada em português. Ele sorriu. Eu disse "Mérci". (Todo os motoristas de ônibus te agradecem em francês e eu quis ser gentil !) Depois, outro dia, eu tava falando com o Gui e escrevi uma palavra em inglês. Sorte que eu percebi antes de mandar... Juro que não é "metidez", a confusão mental é grande mesmo. Hoje estou com dor de cabeça o dia todo e não sei se e por causa da língua ou do excesso de café ! (E eu nem gostava de café, mas o French Vanilla Capuccino do Tim Hourton's é de matar!)


  • Fui tentar me inscrever pra uma aula de pronúncia e o professor me mandou sentar, porque a aula era só pros alunos com mais dificuldade. Me senti a última bolacha do pacote !!!


  • Estou fazendo uma aula de introdução ao Jazz... semana que vem, dia 26, começa o Festival Internacional de Jazz e muitos eventos são gratuitos, nas ruas - e bem aqui pertinho da minha nova casa ! Eu prometo que eu dou mais notícias.


Mas por enquanto é só pessoal.



Um beijo com saudades



Vivi


Pessoal ! Sei que tô devendo as atualizações do Blog, mas é que ainda estou correndo aqui. Mas resolvi escrever hoje antes que eu comece a esquecer as coisas divertidas da viagem... A VIAGEM: Bom, apesar de ter começado a arrumar a mala 1 semana antes da viagem, na sexta-feira eu corri o dia todo. No fim do dia, consegui arranjar uma balança (Brigada Lica !) pra pesar as malas e poder viajar com a consciência tranquila. Malas fechadas, tudo arrumado, rumamos ao Thaberna pra comer uma pizza com Guaraná e depois: rodoviária. Tudo muito bom, tudo muito bem até o ônibus chegar. Começamos as despedidas... na verdade era só um até logo, daqui a pouco eu tô aí. Entrei no ônibus e fiquei vendo a família lá fora - mas eles não conseguiam me ver graças ao insufilme-sem-noção. Comecei a fazer caretas até embaçar o vidro e daí eles me enxergaram. Mais um tchau e de repente eu vi minha mãe chorando. Ah meu Deus ! Que sensação horrorosa de não poder descer e ir lá dar um abraço nela ! Mas tudo bem, chorei até Coronel Vivida e depois dormi... Chegando em Curitiba, a Dé tava me esperando na rodô. Fomos até a casa dela buscar a Ana e o Luís e fomos tomar café da manhã num hotel bem legal. O João foi com a Sici e o Vini também foi. Foi bem divertido, demos muitas risadas. Depois fomos à casa do João e eu fui acordar o Jomar. Deitei bem devagarinho ao lado dele na cama e ele tomou um susto ! Ficamos lá batendo papo até a hora de ir pro aeroporto. A Dé e o Vini foram me levar... Quando já estávamos chegando, vejo a carinha da Dé me olhando pelo retrovisor, dizer: "Ih Vivi, foi mal, mas eu acho que o teu avião não vai decolar." A neblina era tanta que a gente não conseguia nem ver o topo da Torre de Controle. Como eu sei que o aeroporto em Curitiba fecha por qualquer nuvenzinha, era certeza que meu avião não ia decolar. Desci correndo e um rapaz na porta do aeroporto disse: "Não precisa correr moça, tá tudo fechado." Naquele momento eu queria sentar na mala e dizer: "Ah não, comigo não! Eu não quero ter histórias ruins pra contar dessa viagem!" Mas como besteira pouca é bobagem... O avião saiu com mais de 1 hora e meia de atraso, mas eu cheguei em São Paulo. Desembarquei e resolvi passar no banheiro e ligar pro meu primo Márcio antes de pegar as malas. Liguei no celular. Ele atendeu e disse que me ligaria de volta no número do telefone público. Quando tocou, eu atendi com uma voz bem doce: "Aeroporto Internacional de Guarulhos, bom dia!". Ele ficou mudo. Disse que pensou: "Ai caramba, e agora? Como vou pedir pra alguém achar a Vivi?" Mas eu caí na risada antes dele falar qualquer coisa. De repente eu vi as minhas malas sozinhas na esteira, já quase sendo retiradas pelo funcionário raivoso... Desliguei o telefone, corri pra pegar as malas e pronto, estava começando mais uma longa espera. Entre ligadas pra minha mãe, pro Márcio e pro Gui, eu fui tentar trocar o dinheiro. Eu tava carregando 700 reais na bolsa e queria trocar logo pra não ficar preocupada. Quando cheguei no guichê, perguntei qual era o preço do dólar, quanto eles cobravam de comissão e resolvi trocar os 700 dólares ali mesmo. A moça me pediu mil documentos e depois me disse que meu CPF estava bloqueado por falta de regularização do Imposto de Renda. Mas que Imposto de Renda ? Eu nem tenho renda pra declarar imposto ! Pois era exatamente a declaração de Isento que bloqueou o meu CPF. Ah se eu soubesse nesse momento que besteira pouca é bobagem... Viajei cheia de reais... ou seja... sem dinheiro ! Depois de 1h30 de fila de Check-in e 10 minutos na Imigração, fui pra sala de embarque e entrei do lado internacional. Passei pelo Free Shop e me segurei pra não comprar nada. Eu pensava: "Tá só começando, tá só começando..." Liguei pro Gui de lá de dentro e foi a primeira vez que minha barriga ficou gelada. Nos últimos 5 anos nem sei quantas vezes andei de avião... e todas as vezes eu pensava que queria estar do lado Internacional... e então eu tava ali... com uma passagem furtacor canadense na mão e ninguém tava me vendo... Quando chamaram pro embarque, aí sim eu me senti poderosa. Entrar naquele avião gigante (que depois descobri que nem é maior da categoria) dá uma sensação maravilhosa. É claro, como eu havia prometido, dei um tchauzinho de Miss na porta do avião (não tinha escada, embarcamos pelo canudo....) A moça atrás de mim deu uma risadinha discreta e o "aeromoço" me pediu o cartão de embarque, me indicou a poltrona e lá fui eu. Passei pela primeira classe olhando com uma inveja danada e fui pro meu lugar. Poltronas meio apertadinhas, travesseiro de TNT e cobertor corta-febre. Só percebi isso agora, porque na hora eu tava me sentindo A passageira. Depois de 4270 instruções de bordo em 4 línguas que estavam passando na tela individual que fica no encosto à frente do seu (e todo mundo ganha um fone de presente), vamos decolar. O frio na barriga é proporcional ao tamanho do avião. Quando tiramos a última roda do chão, me despedi do Brasil prometendo pra mim mesma que vou voltar logo. Não há lugar com o Brasil, acreditem. Lá pelas 11 horas, vem a janta. Os comissários todos falando Português (de Portugal) e parecendo muito gentis. Havia duas opções de janta: frango ou salmão. Fiquei com o frango. Pra beber? Suco de laranja. (Só porque não tinha Guaraná!) Então eu descobri porque os estrangeiros adoram comida brasileira e mexicana. Porque a deles aqui não tem tempero !!! Coloquei um sal no frango e o menino ao meu lado me perguntou se eu falava inglês. Já com um pedaço de frango na boca, fiz sinal que sim com a cabeça e ele me perguntou se o sachet que ele tava segurando era vinagre. Quase cuspi. Falei que não, era uma toalha umidecida pra limpar a mão depois da refeição. Mas que era pra ele tomar cuidado, porque era uma toalha fedida. (Eu já tinha cheirado a minha!). O jantar tinha o frango-sem-sal, cenouras e batata. Em um recipiente separado tinha uma saladinha, com tomate, cenoura e pepino e 1 azeitona que eu comi pensando no Marcelo(também sem sal!) Um pãozinho meio duro e um pouquinho de manteiga. Talheres de plástico que eu detesto e uma garrafinha d'água que eu quase guardei pra Beatriz, de tão fofa. Bom, passado o jantar, lixo recolhido, apareceu uma mensagem na tela: "Touch to start". O menino do meu lado, coitado, ficou olhando e copiando tudo o que eu fazia. A gente podia escolher entre música, filme, jogos e rádio. Cada uma dessas opções tinha mais 30. Em filmes, você podia escolher entre Hollywood, Família, Comédia, etc... Assisti 2 episódios de Sex and the City e dormi. Depois de muito me bater na poltrona, olhei pro lado e vi que o apoio pra cabeça era móvel e depois de arrumado, encaixava a cabeça perfeitamente ! Hunf. Já tava quase na hora de "acordar" pro café da manhã. Muito delicadamente, acenderam as luzes do avião e o pessoal foi despertando. Eram quase 6 horas da manhã no meu relógio, mas já havíamos cruzado a linha do tempo, então eram 5 aqui no Canadá. O pôr-do-sol visto lá de cima é indiscritível ! O café-da-manhã veio com duas opções: omelete - e eu lembrei da Dé! - e quiche de queijo. Arrisquei um pedaço de quiche, mas não tava muito gostoso, então comi os tomates e o brócolis que veio junto. Achei meio estranho, mas como meu organismo já não sabia mais nem quem era ele, aceitou bem. Mais suco de laranja, outra garrafinha d'água, outro sachet de vinagre-toalha. A única diferença eram os comissários de bordo, que após cruzarem a linha do tempo, pararam de falar português e passaram a se comunicar só em inglês e francês. Mais um pouco de vôo e começamos a descer em Toronto. Mérci, Aurevoir... e voilá ! TORONTO ! Peguei o papel com todas as instruções do pessoal da Global Mission e fui seguindo: Mostra o papel tal, fala com o fulano, entrega o papel pro ciclano. Cheguei à fila da imigração e reparei na cara de mal-humor da agente. Esperei uns 20 minutos e chegou a minha vez. Cumprimentei e ela não respondeu. Entreguei meu passaporte, meus documentos e ela ficou lendo minha carta de admissão. Leu as 3 vias. Pediu meu bilhete de passagem de volta. Mostrei a ela e então ela carimbou meu passaporte. Fui louca pra ver a minha data de volta e só tinha 08 June 2008. Ué ? E agora ? Bom, deixa pra lá, depois eu resolvo. Fui pegar as malas na esteira gigante, coloquei a mala em outra esteira e saí correndo pra achar a sala de embarque 23, porque já tava quase na hora do meu vôo. Achei a sala e fui ligar pro Gui. Maldito telefone internacional que eu não consegui fazer ligação. Liguei à cobrar pra minha mãe só pra avisar que tava viva e já embarquei pra Montreal. O avião era bem menor e você podia comer o que quisesse, desde que pagasse. De graça veio só um copo de suco e uma bolacha gostosa. Adormeci preocupada, porque queria estar acordada quando chegasse pra ver a pista de corrida e dar tchauzinho pro Hamilton, mas não vi nada. Já no aeroporto, me dei conta que estava sozinha e que a minha língua era incompreensível. Então comprei um pacote gigante de Trident, um cartão telefônico e fui buscar as malas. A Joan já tava me esperando. Me recebeu com um abraço bem gostoso, disse Welcome to Montreal e eu então percebi que agora sim, tudo começou...

"Você tem o direito de ter borboletas no estômago... simplesmente faça-as voar educadamente..." (Rob Gilbert) Porque a gente se decepciona com as pessoas ?

"Ninguém tem a felicidade garantida... A vida simplesmente dá, a cada pessoa, tempo e espaço. Depende de você enchê-los de alegria..." (S.Brown)
Ando procurando frases na internet pra pensar na vida... e com esse frio, definitivamente, pensar é uma boa tarefa... e hoje fiquei pensando sobre essa frase... Quando eu vim morar em Pato Branco, contra a minha vontade, eu sofri muito. O choro era uma constante na minha vida. Até que, sei lá porque cargas d'água, eu resolvi viver... e disse pra mim mesma que o momento certo de ser feliz era aqui e agora. Mesmo que eu voltasse no tempo, as coisas jamais seriam iguais.
Já senti muita falta do passado e já quis voltar, reviver... mas hoje percebo que voltar no tempo não traz a felicidade de volta... porque a felicidade depende de você, do agora, das suas atitudes e pensamentos de hoje... ontem já era... virou uma lembrança que nunca deve ser esquecida, pois os erros não precisam ser repetidos...
E a gente comete tantos erros na vida e depois fica se perguntando: "Como eu fui capaz de fazer aquilo?" ou "Como eu fui capaz de aceitar aquilo?"... pois é, eu não sei... já fiz tantas coisas que não faria de novo - e isso não se chama arrependimento... já fiz várias coisas que eu faria de novo e de novo e de novo... e não porque eu sou orgulhosa... mas porque alguns tiros acertaram o alvo e me fizeram feliz... então eu atiraria de novo...
Daqui 30 dias eu estarei no Canadá... sozinha... mas eu tenho certeza absluta que vou ser feliz lá... estou ganhando tempo e espaço da vida... e vou preenchê-los da melhor forma possível... estudo, conhecimento, cultura... e saudade... afinal de contas, ninguém é perfeito... ;)


15 de março de 2008

Casamento Débora & Marcelo


Foi, com toda certeza, um dos dias mais felizes da minha vida. A cerimônia estava linda, o noivo, a noiva, os pais, os padrinhos, a família... tudo maravilhoso... e a festa ? Ai meu Deus, dancei sem parar até as 3h30 da manhã. Agora estou à base de relaxante muscular, porque parece que a minha panturrilha vai cair a qualquer momento... e hoje ainda tem academia ! =(
Essa foto aí é do brinde aos noivos... Bianca, Thayse, Eu, Alexandre e Márcio... sem vocês a festa não seria completa, viu ?
Beijoooooooooos
*aos poucos vou colocando mais fotos...

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Cidadã do mundo, tenho quase 25 anos, sou musicista e já fiz um pouco de tudo (ou quase tudo) nessa vida. Atualmente, estou em fase de transição, que parece não acabar nunca, porque cada vez que eu dou um passo, o mundo muda de lugar.

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